“A poesia não se entrega a quem a define.


Mário Quintana


terça-feira, 30 de novembro de 2010

Palavra do Dia!


Dinheiro


Pessoas paradas em frente a uma vitrine

Em exposição, outras pessoas

Corpos para serem vendidos

Até os mais próximos amigos


Humanos sem sonhos

Pesadelos medonhos

Gaste todo o seu dinheiro

Vamos, não precisa ter medo


Tudo no mundo é mercadoria,

Acredite, não ria!

São  laços invisíveis

Que te esperam na esquina


São grilhões de comodismo

Ferros do capitalismo

Enquanto sorrindo aborda alguém

Um menino 


Estende as pequenas mãozinhas que parecem não se sustentam

Parecem prestes a cair

E reproduzindo a marchinha pergunta:

"Ei, você aí, me dá um dinheiro aí?"

Mostra-me o teu coração


Seus olhos me dizem tanta coisa...

Tanto que é quase nada minha palavra.

Eu, que floreio tanto pra falar de Amor

Tu, que me calas com o olhar pra mostrar tua dor.


Meus lábios inúteis e aqueles sorrisos tão fúteis

Não servem para os beijos que te guardei

Mas olha nos meus olhos, que tanto tem pra chorar

E acredita, acredita no verbo Amar


Se teu pranto secou

Não enxuga a última lágrima que rolou

Ela me mostra o quando amou


Se teu Amor, hoje tão racional

Perder enfim a razão

Mostra-me, como um dia foi teu coração.


segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Palavra do Dia!


Chatice!

Letras percorrendo meus olhos
Perco tudo de vista
Não presto atenção
Nem folheando uma revista

Confusão, alienação
Tudo que me rodeia
Parece querer me afogar

Rostos, gostos
Abraços, afagos
Tudo é frio
Não ouço meu próprio riso

Isso é criancisse
Deixa de ser infantil
Que chatice!

Matei por querer
Um sonho,
Sufoquei intensamente
Uma lágrima
Quebrei ossos,
Minha esperança

Fiz dormir eternamente
Uma criança
Calei-lhe os gritos
Meus sentidos

Busquei no fundo minha essência
Não existo.

domingo, 28 de novembro de 2010

Palavra do Dia!

Pilhérias.

Gritos,Alvoroço
Piadas, Zombarias
Almas sem estratégia
Simples pilhérias

Bocas vazias, garrafas cheias
Cores desbotadas
Corações manchados

Chamas que cintilam
Dançam nas tabernas
Homens nauseabundos
Histórias sem rumo

Aceita outro copo
Acende teu ópio

Homem tão roto
Que de manhã
Jaz morto.

Palavra do Dia!


Entrelaços

Entre laços, um abraço
Braços num enlace.

Não quero entrelaçar meus dedos aos teus
Muito menos beijar tua boca, tão linda a boca tua.

Não quero ter-te trancado
Entre meus braços,
Não quero afogar-te no mormaço

Quero- te livre

Livre como pássaro que alça vôo
Lança-te, atravessa montes, precipícios

Vai, não precisa voltar se não quiser
Vai, voa, deixa-me como estava antes

Tira-me os laços que me prendem a imagem do teu sorriso
Quebra os laços que criaste com teu abraço

Quebra com quase tudo que podia nos unir,

Mas não vai pra muito longe,
Deixa um úlimo laço,
a lembrança de um único abraço

Não quero-te preso entre meus braços

Mas deixa- me entrelaçar minha vida na tua,
Ser ao menos uma amiga na vida sua.
O Xan escolheu a palavra e eu criei esse.

sábado, 27 de novembro de 2010

My newest history...


O pierrot da minha escrivaninha...
Parte I

"Aqui estou eu novamente, debruçada sobre a velha escrivaninha, como estive nos últimos 40 anos..
  Os cabelos brancos já me tomaram a cabeça toda, as mãos já não são aquelas que escreviam anos atrás, mas ainda escrevem com todo o vigor, impedida às vezes pelas vertigens, mas o coração pensa rápido e as mãos tentam acompanhá-lo.
Mas, mesmo com todo o esteriótipo de pessoa idosa, ainda sou a mesma menina por dentro, a mesma adolescente levada, cheia de sonhos não realizados, uma coleção de fracassos e sucessos, e um príncipe encantado nunca encontrado.
  E mesmo passados todos esses anos... Ele continuou comigo, aqui, ali, sempre ao meu lado, puxando-me a barra da saia, ou escondendo-se no bolso do casaco, ora pulando em cima da cama, ou sentado sobre a velha escrivaninha. Às vezes, sua inquietude o fazia rodopiar, correr, derrubar os livros da escrivaninha..Ah! Cada estripulia, tudo para chamar minha atenção, tudo para que eu olhasse para ele, e quando conseguia o que queria, ele me dava como mostra de sua gratidão, um sorriso(o mais belo sorriso), uma gargalhada e uma bela história.

Quem é ele?  Meu pierrot.

Ele ainda tinha aspecto de criança, mesmo tendo-o conhecido quando eu ainda era uma menina. Ele ainda vestia uma roupa de palhaço, que não se rasgava e nem desgastava, não era uma roupa colorida como a dos outros palhaços, era branca e preta, e eu gostava assim.

Tinha babadinhos nos punhos e na gola, tinha ainda um gorrinho que combinava com a roupa, meio jogado de lado...E nos olhos, grandes e castanhos, tinham dentro de sí uma alegria, uma alegria de criança tão intensa, que me aquecia o coração só de olhá-los.

No rosto pintada uma lágrima, a última lembrança de um amor, tatuado na pele e guardado num sorriso, aquele que ele só me mostrou poucas vezes.

Seu nome? Vou contar-lhe mais adiante."

A Segunda parte eu escrevo mais pra frente.

Hora da festa!



Dilui tuas dores em lágrimas...
E tuas lágrimas em sorrisos.

Mergulha em meio aos teus amigos,
Aqueles, tão queridos!

Recalca a face triste com base;
Acentua os olhos que tanto choraram...

Uma ou duas camadas de rímel está bom;
E esses lábios..pinta-os com carmim...

Faz biquinho menina perdida;

Acorda lá de dentro tua atriz
Hora de fingir que é feliz.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Minha alma gêmea é Edgar Allan Poe

Não fui, na infância, como os outros
e nunca vi como os outros viam.
Minhas paixões eu não podia
tirar das fontes igual à deles;
e era outro o canto, que acordava
o coração de alegria
Tudo o que amei, amei sozinho

Edgar Allan Poe
Esse sabia tudo o que se passaria em meu coração, mesmo sem me conhecer..xD
Casava com ele facinho...se ele não estivesse literalmente só o pó. xD
Apaixonadassa por ele!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

A pena..

A pena
Nas mãos do poeta descança
Sentindo total segurança
De que vai ser de todo util
servindo as palavras ou não,não será inutil

Falará de amor
e mesmo se falar de dor
quem ler o que escreves
sentirá seu ardor

A dor se torna linda
mesmo horrenda sendo
e a lua,minha querida
devagar, no céu, vai crescendo

Essa foi escrita qdo eu voltei do estado letárgico que fiquei por um tempo...
Mesmo não ficando muito legal, pra mim tem significado.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Sem título



Foi um sonho..

E era o sonho mais lindo que eu cheguei a ter..


Seus olhos olhavam pra mim, só para mim..

Seus braços se abriam para que eu pudesse repousar

Meu coração já não doía mais

Meus pensamentos ainda eram tristes,mas uma tristeza confortante


As cores cintilavam por onde quer que passasse,

Não se via mais nenhuma escuridão.


As lembranças eram crianças que numa ciranda

Se transformaram em pétalas de rosa lançadas ao vento.


Eram respingos de luz num quarto escuro.


Elas passaram, nada restou, mas ainda sim, como o brilho do vagalume antes de morrer. Se tornaram mais intensas, para depois desaparecer completamente.


Seus olhos já não olham mais pra mim

Seus braços nunca mais se abririam para me aquecer

Meu coração voltara a doer.

E os pensamentos, sangravam, buscando sugar algum resquício de felicidade.

Num sonho...