“A poesia não se entrega a quem a define.


Mário Quintana


segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Um sussurro qualquer...


Vi um espectro de luz dançando em minha frente

E não era efeito das minhas lágrimas

Era semelhante a uma criança

Que corria e rodopiava

Como se me mostrasse que estava livre

Minhas lágrimas já secaram a tempos

E eu não sei escrever os poemas certos

Descobri que esse espectro era o meu coração

Que dançava conforme aquela canção

Que eu já esqueci a letra e a melodia

Mas que estava em mim, e me deixava viva

Prometi então escrever um poema

Daqueles que não fizessem ninguém chorar

Mas eu não sei fingir, só posso então cantar

Meu espectro foi pra longe,

Sabe-se lá pra onde

Só prometo que amanhã, assim que o Sol raiar

Prometo que vou mudar.

Palavra do Dia! Bonus xD

Vê aquela casinha ali ao longe?
Alí, quase a beira do horizonte

Foi lá onde escondi minha alma,
É lá que guardo toda a minha calma

Vê aquela flor na varanda?
Ela floresceu enquanto eu dançava a ciranda

Vê aquele passarinho pousado na janela?
ele me faz dormir com uma canção tão singela

Vê aquele coração pulsando na sala, sobre a mesa ?
Foi onde pude repousar minha dor tão intensa

Vê aquele sonho como névoa, borrando toda a visão?
São minhas lágrimas, salvas nessa minha doce ilusão

Vê aquela menina à porta da casinha?
É a guardeã das minhas lembranças,

De tudo aquilo que me mantém sozinha.

Palavra do Dia!

Uma boca rosada,de sonhos encantada

Sorrindo pra mim,

Sem dizer nada

Um beijo me deu


Um abraço, sem explicação

Tanto conforto, pro meu coração


Me acolheu em teus braços

Esqueci-me de meu cansaço


Como gosto do afago teu


Um sorriso, assim meio de lado

Que de olhos fechados,

Se abriu para mim


Me senti então apaixonada


Como são belos os lábios teus

Com uma palma, 

entrelaçou dedos aos meus


Tirou um sorriso dos labios meus


Corremos, rolamos na grama,

Amor, somos filhos teus

Entrelaça teus sonhos nos meus


Um carinho afagou meus cabelos

Estremeci pelo toque dos seus dedos

De calma invadiu minh`alma

Estende-me novamente tua palma


Toca-me de novo com os dedos teus

Um cheiro invadiu meu respiro

Não foi sonho, eu vivi tudo isso

Marcou minha boca com teu gosto

Sonho acordada com teu rosto


Vem o vento trazer-me o cheiro teu


Uma boca rosada, sorrindo me disse Adeus

Quando terei de novo os lábios teus

Separadas foram nossas palmas

Por uma boca rosada, fiquei apaixonada.


Como espero por outro beijo seu.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Palavra do Dia!





Me empresta teu sorriso?

Pra eu poder sorrir quando as lágrimas insistirem em cair




Me empresta do teu sorriso, o brilho

Pra eu mesma iluminar o meu caminho


Me empresta do teu sorriso, a doçura

Pra eu amenizar as palavras amargas, e tão duras



Me empresta do teu sorriso, a alegria

Pra eu poder curar meus medos, nem que seja por fantasia



Me empresta do teu sorriso, a rigidez

Pra eu ficar firme e não cair mais uma vez



Me empresta do teu sorriso, o teu mais simples sorriso

aquele que você já não sorri mais tanto

Me empresta, pois assim posso curar meu pranto









terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Palavra do Dia!

Minhas asas

É com elas que eu vou voar
São elas que vão me sustentar 
Quando eu me lançar desse precipício

É com elas que vou chegar onde quero ir
São elas que vão me levar pra longe daqui
Desses braços

Mas nelas é que eu guardo o calor
Dos teus abraços

Minhas asas,
Há tanto feridas, mentiras antigas

Deixa eu tentar tocar o Sol,
Se eu não conseguir ao menos chego ao céu

Deixa ao abrir os braços
Eu espalhar minhas penas

Fazer minha alma 
Deixar de ser pequena

Deixa eu ir que eu prometo que vou voltar
Não amanhã, nem semana que vem
Mas eu volto, assim que o meu tempo passar

Mas antes, me deixa VOAR!

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Palavra do Dia!

Guerra

Estamos em guerra
Eu e você

Nossos abraços se tornaram dolorosos
Os sentimentos pesados

Pedras nas mãos
Furos de canhão

Acabou nossa paixão

Nunca me vire as costas,
Posso te ferir, então volta

Não me sorrias
Tenho amarguras infindas

Estamos em Guerra
Eu e Você

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Palavra do Dia!



Pedaços


Foi tudo o que me restou, pedaços


Sonhos partidos
Como a mais fina porcelana


Feridas profundas abertas
Por uma espada invisível


Um peito que dói por amor
Um amor que arde em dor


Refúgio na escuridão
Fuga daquele clarão

Eram resquícios de um querer
Vestigios deixados sem saber

Eram pedaços de uma menina
Lágrimas escondidas

Depois que o vento passou
Que o conto terminou

A poesia por fim cessou
e a porta desse coração se fechou.

Sobraram então só pedaços.

Palavra do Dia!

Noite

E a noite virou só um pretexto pra eu me esconder
O vento virou só um abrigo pra me proteger

A Lua virou só um farol pra me guiar
E a brisa só uma mão pra me afagar

A noite virou só um escudo pra eu fingir
Minhas lágrimas eram o jeito de eu sorrir

O frio só me fez sentir calor
E nos teus braços, descobri o amor

A noite que nos une e separa
A Lua que quebra e se repara

O uivo dos lobos que me cercam
Que sua melancolia me emprestam

Essas asas que tenho não são minhas
São traços de esperança de uma vida

Essas mãos de nuvem suave
São garras escondidas de um selvagem

Esses olhos candidos e serenos
Não sabes, mas destilam veneno

E essa boca rosada e doce
Te abocanha, por onde quer que fores

Não se aproxime tanto
Não siga nunca o meu pranto

Pois se longe da luz você for andar
Para sempre na noite você vai ficar.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Palavra do Dia! Bonus xD



Cansaço

O cansaço me bateu a porta
A desilusão resolveu fazer-me companhia

As lágrimas vieram aquecer meu corpo
Já frio

Os ossos doem mais que o coração
Não sei se de propósito ou pra tirar minha atenção

O silêncio invade meus ouvidos
Não sinto vibrar, nem o menor ruído

O vento me serve de cobertor
E o sono, de mero torpor

Meus dedos, de cãimbras tomados
O quarto, por sonhos rodeados

A brisa, menina, vem soprar-me uma canção
Aquela que toda vez, com amor


Vem magoar meu coração

Palavra do Dia!



Loucuras de um poeta

Das loucuras, tenho a melhor e a pior de todas

Pior por ser a mistura de todas as outras

Do medo ao vil esquecimento

De várias personalidades a não reconhecer a mim mesma

Das meras divagações, as verbais agressões

Do egocentrismo ao altruísmo desmedido

Manter o olhar tão imponente, sendo dos seres, o mais impotente.

Do louco que tem como farol

As luzes dos barcos que dividem o mar e o céu

Quando já se vai o Sol


E da melhor das loucuras, por poder ser tudo o que nunca serei

Rica e pobre, camponesa ou nobre

Do mais feliz menino, ou melancólico andarilho

De pássaro cantante, a vilão cruel e errante,

De mais antigo dos profetas ao mais exímio atleta

E desse turbilhão de loucuras, que remédio médico nenhum atesta

Dona das cores, flores, das luzes e das festas

Mais do que louca, insana, desmedida


Mais do que tudo isso, Sou poeta.