“A poesia não se entrega a quem a define.


Mário Quintana


segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Palavra do Dia!

Noite

E a noite virou só um pretexto pra eu me esconder
O vento virou só um abrigo pra me proteger

A Lua virou só um farol pra me guiar
E a brisa só uma mão pra me afagar

A noite virou só um escudo pra eu fingir
Minhas lágrimas eram o jeito de eu sorrir

O frio só me fez sentir calor
E nos teus braços, descobri o amor

A noite que nos une e separa
A Lua que quebra e se repara

O uivo dos lobos que me cercam
Que sua melancolia me emprestam

Essas asas que tenho não são minhas
São traços de esperança de uma vida

Essas mãos de nuvem suave
São garras escondidas de um selvagem

Esses olhos candidos e serenos
Não sabes, mas destilam veneno

E essa boca rosada e doce
Te abocanha, por onde quer que fores

Não se aproxime tanto
Não siga nunca o meu pranto

Pois se longe da luz você for andar
Para sempre na noite você vai ficar.

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