“A poesia não se entrega a quem a define.


Mário Quintana


terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Palavra do Dia! Bonus!

Águas


Envolvam-me águas supremas

Tirem do meu coração estas dores tão extremas


Levem-me como vento leva a folha

Carreguem-me como se estivesse envolta em uma bolha.


Águas ferozes,afoguem meu corpo, velozes

Sem piedade , não condeno-vos por maldade


Desfazei-me em espuma

Que eu faça parte dessa tão solene bruma


Entrego-me ,ó águas intensas ,aos teus braços

Aos tritões e sereias, meu abraço


Vou ao teu encontro, tesouro valioso

Bem no fundo do mar, meu descanso vou buscar

Palavra do Dia!

Amizade


Lágrimas,abraços e diga hace!

E assim começa uma amizade


Alma de tão grande divididas

Em fragmentos de pessoas

De vidas


Amizade que me invade

Sinais extremos de lealdade


Nem mesmo se penssasse

Querer, me livraria desse enlace


Lágrimas,abraços e diga hace!

E assim se sela uma grande amizade

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Palavra do Dia!


Céu



Céu! Tão infinito Céu!

Ouve a voz deste mortal e

Derrama sobre mim teu véu


Olha para mim e compadece-te

Um ébrio vadio quase inerte


Céu! Tão infinito Céu!

Abre teus braços, 

Ouve a voz deste que clama

Devolve a minha amada, minha dama


Olha para mim e entristece-te 

Que sou eu? Um vagabundo de quepe


Céu! Tão infinito Céu!

Ouve o choro deste teu filho

Que procura debaixo de ti, simples abrigo


Olha pra mim e alegra-te 

Mais uma estrela ao norte, Sou eu em ti


terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Palavra do Dia!

Sorriso


Abre-te parede perolada

Agracia a visão de tua amada


Permanece assim por um momento

Não se mova nem se houver vento


Deixa o mundo ser iluminado

Ao menos quem está ao teu lado


Sorri-me aquele mais bonito sorriso

Você tem tantos, mas AQUELE, eu digo


Cega-me tijolos de lua

Presentei essa amiga tua!

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Pierrot vs Arlequim!



Pierrot vs Arlequim

Nesses dois moram meu coração
Tão opostos tão diferentes
Sentimentos tão inerentes

Em Arlequim mora minha carne, cheiro de vida nos ares
Dono dos meus desejos, menino cheio de gracejos

Em Pierrot mora minha alma,Toda a minha calma
Aquele que me convida a uma suave dança, com olhos serenos de uma criança


Arlequim, beija meus lábios assim
Pierrot sempre sorri pra mim

Arlequim me leva aos infernos numa dança escandalosa
Pierrot, com suavidade, me leva ao céus, de forma tão honrosa

Arlequim é nada mais que um menino, vadio, cretino
Que quer meus passos domar

Pierrot é moço, um sorriso meio roto
Que minha alma, só ele consegue alcançar

Arlequim e Pierrot numa constante briga pela minha conquista
Mal sabem eles que já tenho os dois em vista

Arlequim consome minha carne,com beijos vorazes e abraços apertados
Pierrot tem todos os meus sonhos, dos mais risonhos aos mais encantados


E eu Colombina, menina tão indecisa
Que não sabe se vai com aquele, ou com este fica,


Que quando me bate a alegria, é por Arlequim que quero ser seguida
E se minha alma clama por amor, é que então chamo Pierrot


Mas se o meu Carnaval acabar, e a quarta feira de cinzas chegar


Por Arlequim vou me deixar levar, e a ele vou acompanhar
E a Pierrot, junto com minha alma, deixo-os a chorar.


A Arlequim sempre irei desejar,
Mas somente a Pierrot irei amar!

Palavra do Dia!

Coração

Porque choras coração?

Este peito cansado

De dores alvejado

Onde mora a solidão

Há por acaso alguém no mundo

Sendo nobre ou vagabundo

Que ao ouvir tua canção

Não estremeças ou sinta palpitação?

Porque choras coração?

Acaso eu te fiz sofrer

Ao aceitar padecer

De tão grande solidão?

Canta,canta, uma canção

Seja bela essa emoção

Cada lágrima que rola

Seja luz na próxima aurora

Porque choras coração?

Acaso clamas por compaixão?

Sendo assim, posto as mãos no peito

A carinho, você tem direito

Porque choras coração?

Acaso eu, também

Não mereço teu perdão?

Porque choras coração...

sábado, 18 de dezembro de 2010

Pierrot da minha escrivaninha parte III




- Porque só eu consigo te ver?
- Porque você é criança, oras!
Emburrada, lembrando-me das palavras de mamãe retruquei-o:
- Não sou não, minha mãe disse que eu sou mocinha já.
- Mocinha? Com essa cara?
- O que tem minha cara? perguntei passando a mão no rosto.
- Você tem cara de criança...
- E você? Você tem cara de... Ei! Espantei-me ao fixar o olhar naquela criaturinha estranha. Você não é um homenzinho, você é só um garoto... Porque é desse tamanho? O que você é?
- Ai, quanta pergunta... e só garoto não, eu sou o Billie! Disse-me sorrindo graciosamente.
- Eu sou a Anne!
- Olá criança Anne, disse-me tomando meu dedo indicador entra suas mãos e balançando,
Puxei-lhe o dedo e quase o fiz cair, fingindo estar brava cruzei oa braços:
- Mas minha mãe disse que eu não sou mais criança..
- Ah é? Olha então. Colocando a colher na minha frente para que eu me visse refletida nela.
   Eu tinha mesmo cara de criança, se bem que não sabia que diferença faria se eu fosse mocinha ou não. Olhei pra ele, que fazia careta do outro lado da colher, rindo com as formas engraçadas que seu reflexo tomava, arrumou o chapéu, e ensaiou um, dois, e tres sorrisos, até que virando-se em minha direção me sorriu, e eu vi um sorriso tão bonito, e eu sorri também. Ele colocou a colher no meu nariz e soltou:
- Olha, mágica, disse ironicamente, e eu ri... Até que:
- Anne! O que você está fazendo aí embaixo? Sua mãe está te procurando...
- Vovô,é...eu estava brincando com... interrompi minha fala olhando os olhos atentos de vovô
- Você estava brincando com quem Anne? Eu não vejo ninguém. Vovô olhou para os lados e sorriu.
  Olhei para o garoto-palhaço e ele sorrindo fez um gesto para que eu ficasse calada.
- Com ninguém vovô, eu estava brincando sozinha...
  Vovô me pegou pela mão, levantou-se e lavantou a toalha para que eu pudesses sair. Mamãe logo veio :
- Anne, olha seu vestido, está todo sujo, o que você estava fazendo embaixo na mesa menina?
- Calma Giovanna- interviu vovô- a Anne estava brincando comigo, não brigue com ela.
- Mas papai, a Anne não está mais na idade de ficar brincando embaixo da mesa.
- Deixe a menina brincar filha, você quando tinha essa idade rolava pelo quintal. Vovô riu quando mamãe se encabulou
- Mas papai... Mamãe então se calou ao olhar fundo nos olhos de vovô.
 Estendendo a mão, ele se voltou para mim com um largo sorriso:
- Vamos Anne,vamos brincar lá fora.
 Puxei seu braço levemente e ele abaixou-se.
- Tato, ele pediu pra não contar, mas lá fora eu te conto tá? Ele apenas assentiu com a cabeça.

   Meu avô se chama Anastácio, mas eu sempre o chamava carinhosamente, e quando não havia ninguém por perto de Tato. Ele tinha cabelos brancos, como se fossem de algodão, um grosso bigode que ainda tinha alguns fios escuros e que faziam cócegas quando ele me beijava a bochecha. A boca de Tato sempre sorria, até mesmo que ele estava bravo ou triste.Seu olhos eram doces, suaves, e transbordavm ternura, tinham o azul da cor do céu. 
  Vovô mesmo sendo gente grande, era meu melhor amigo!

   Fomos para o quintal, Tato sentou-se no nosso banco favorito, e eu sentei-me aos pés dele, apoiando minha cabeça em seus joelhos.
- Anne, sua mãe vai ficar brava se te vir sentada aí no chão.
- Deixa Tato, eu gosto de ficar assim, disse olhando nos olhos mais doce que eu veria em toda a minha vida.
Pousando a mão sobre minha cabeça: - Agora me diga, com quem você estava brincando? Você parecia tão feliz, será que você tem um novo melhor amigo?
- Não Tato, você é o meu melhor amigo, sempre foi e sempre vai ser.
Então contei-lhe o que havia se passado embaixo da mesa.
- Billie? É esse o nome do seu novo amiguinho? Ele parece ser engraçado pelo que você descreveu...
- E é Tato, ele se veste super engraçado e disse que eu consigo vê-lo porque eu ainda sou criança, mas a mamãe diz que eu sou mocinha agora... Tô confusa...Vovô riu
- Você é uma pequena mocinha, daqui algum tempo você será uma mocinha completa... Mas você ainda pode ser criança. Entendeu?
- Entendi mais ou menos. Cocei a cabeça tentando entender como eu podia ser duas coisas ao mesmo tempo.
- Vamos fazer um trato então?
- Que trato?
- Você pode ser criança com esse seu amiguinho o Billie e com o Tato, com as outras pessoas você finge que é mocinha, tá?
- Tá! Sorri e inclinei-me novamente, repousando sobre os joelhos do vovô, fechei os olhos por um minuto, mas pareceu uma eternidade e eu adorei aquele momento,
- Anne? Você dormiu?
- Não Tato, to ouvindo... Disse ainda sem abrir os olhos.
   Vovô suspirou longamente, fazendo com que eu abrisse os olhos:
- Você vai me contar tudo o que fizer com esse seu amiguinho? As brincadeiras, as histórias, você sabe que eu adoro quando você conta histórias, não ? 
- Pode deixar Tato, eu conto sim.
  Vovô ficou em silêncio, ainda com a mão sobre minha cabeça.
- Espero que ele possa cuidar de você... Murmurou.
- O que Tato? Disse alguma coisa?
- Nada Anne, vamos entrar, está ficando frio.

Palavra do Dia! Bonus!

Vidro


Vejo-te do outro lado da janela

Posto minhas mãos no vidro frio

Sinto falta daquele teu calor

Sinto frio em meu peito, amor


Vejo-te do outro lado da janela

Desenho no vidro embaçado

Um pedido de desculpas

Um borrado apelo: Volta?


Vejo-te do outro lado da janela

Esse vidro que nos separa

Que me impede de me lançar em teus braços

Impede-me de ter seus afagos


Vejo-te do outro lado da janela

Posto minhas mão no vidro frio

Sinto falta daquele calor

Aquilo que eu chamava de amor 

Palavra do Dia!

Lábios


Fecha esses lábio para o primeiro beijo

Não, não fala nada,

Amanhã irei embora

E será uma lembrança, mais nada


Fecha esses lábios e me sorri, assim, de leve

Não, não me olha como se eu fosse ficar

Quando amanhecer, vou te deixar

E tudo volta a ser como era


Não diz uma só palavra,

Não quero me aproximar demais

Fecha os olhos e aproxima teus lábios de mim

Deixa se levar, assim.


Fecha esses lábios para o último beijo

Se já matamos o desejo

É hora de partir

Como se esse momento nunca chegasse a existir


Fecha os lábios

Para o nosso Adeus,

Não entrelaça seus dedos nos meus

não olharei pros olhos seus


Não faça nada além de me sorrir

É melhor assim

Amanhã não agirei diferente

Se quiser, simplesmente mente.


Sobre o que viveram seus lábios!


sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Palavra do Dia!

Manhã


Acende-te Sol, hora de brilhar

A Lua já foi, era hora de descansar


Vem, levanta, deixa de manha

Hora de iniciar mais uma bela manhã


Estende teu braços

Aquece nos, estreita os laços


Beija tuas flores

Intensifica essas cores


Reflete teus raios dourados

Sobre a tez de um casal de enamorados


Aparece atrás dos montes

Incendeia o céu a partir do horizonte.


Aponta ,se assanha

Levanta, me encanta


Finalmente é manhã

Palavra do Dia!(De ontem XD)

Distante


É tão ruim ter teus olhos assim tão perto dos meus

E mesmo assim sentir frio, tão distante é teu abraço do meu


É doloroso ter sua boca tão próxima tantas vezes

E ter que conter-me abaixando tristemente minha tez


É doloroso sentir tua presença

Sabendo que não faço alguma diferença


Tão confortante teu sorriso

Mesmo distante me serve de abrigo


Tão confortante a ideia de que você existe

E pensar que algum dia fui triste


Tão confortante a ideia de fechar meus olhos

E mesmo que não os abra, terei você nos meus sonhos.


Mesmo distante

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Palavra do Dia!

Ode ao Mafagafo


As tampas com o bicho papão

Que não assusta nem bebê chorão


As favas  a mula

e até a Cuca


Chega no pedaço

O assustador Mafagafo


Sem imagem ou semelhança

Isso sim assusta criança


Acredite, eu tenho tino

Ele parece ser grande perigo


Depois de assustar crianças e adultos

Volta pra casa o matuto


E Cansado

O Mafagafo!


Ps: palavra escolhida pelo Bruno ^^, foi difícil fazer esse xD

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Palavra do Dia!

Coragem


Abre teus braços

Lança-te no abismo

Calma, não tem perigo


Fecha teus olhos

Livra-te dos teus abrolhos


Salta, ultrapassa tudo aquilo 

Que te prende ,um fio


Apressa teu passo
Funde-te no espaço

Anima-te 
Não te importes com a rima

Tudo o que vês é miragem,
Nada existe

Então Coragem!

Palavra do Dia!(De ontem XD)

Tempo


Leva-me amigo

Serve-me de abrigo


Passa todas minhas desesperanças

Volta ao tempo que eu era criança.


Despe-me de toda aquela crença

De quando estava eu na adolescência.


Devolve-me todo aquele susto

De quando era eu um medíocre adulto


E agora, quando as rugas me tomam a face

As pernas já não me obedecem a vontade.


Carrega-me em teus braços para que descanse

Que de idoso cansado me sinta um infante


Que foi criado pelo Tempo 

E levado pelo Vento.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Palavra do Dia!

Cicatriz


Marcas de um passado

Lições para um presente


Sinais de um caminho tortuoso

Marcas de lagrimas, tão doloroso


Roça teus dedos 

Na cicatriz da ferida

Que tu mesmo abriste


Sente o relevo 

De uma marca

Que revela tanta dor


Afasta teus olhos

Assim que me tocares


Pois já não poderei suportar

Tais furtivos olhares


Sob o corpo de uma singela meretriz

Mora um amor escondido

Debaixo de uma cicatriz.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Palavra do Dia!

Fim


E quando acontece de suas asas ficarem tão fracas

Que te impedem de voar?


O que acontece quando teus pensamentos

São tão fúteis que te impedem se sonhar?


O que acontece quando seus olhos 

De tão marejados te cegam a visão?


O que acontece quando teu corpo

De tanto cansaço te impede a locomoção?


O que acontece quando teu cenho de tão franzido

Te impede de abrir um sorriso?


Tua respiração ameaça falhar


Teu coração está sempre a disparar


Tuas mão trêmulas te impedem de algo tocar


Tua vida parece se esvair em escuridão


Parece ser o fim da vida


Mas que Fim é essa sina


Fim de quem ama


Sintoma de paixão


Fim

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Palavra do Dia!

Mudança 


Estou de mudança

Não de casa, rua, bairro ou afins

Estou de mudança de mim


Empacotando todas as velharias

Um museu talvez gostaria


Lágrimas engarrafas

Poesias empoeiradas


Sonhos mofados

Desejos quebrados


Se nenhum museu os quiser

Deixo-os numa estrada qualquer


Mas de velharias

Sempre fica uma lembrança da qual se ria


Deixo a em folhas de papel

Que não amargam nem escorrem mel


Deixo-a em cima da escrivaninha

Para que quando eu me for não sinta a dor minha


Fecho a porta de um coração que foi vazio

E agora de tão cheio não cabe dor ou frio


Vou sem rumo, aqui, ali ou nos confins

Finalmente fiz mudança de mim!

Palavra do Dia!(De ontem XD)

Ouço um ruído ao longe

Parece alguém cantando, mas onde?


Canção interna

Essência eterna 


Fecho os olhos e a música se intensifica

Abro - os que uma magia registram



São cores bailando

Alegres dançando


São chamas de fogo colorido

Parece mais uma festa entre amigos


As cores se fundem, se misturam

Numa sintonia de bocas que se procuram


E a música, tão adorável música

Me graceja a alma, sensação tão única


Me inebria os ouvidos e acalenta meus olhos

Explodo em notas pausas e enfim silêncio


Afinal sempre fui música.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Palavra do Dia!


Ingressos

Ingressos para um grande show
Onde quem faz a mágica é a alegria

Hipocrisia aqui não é bem-vinda
Felicidade é entrada garantia

Lobos babando, bestas senis
Sorria, nada te pode atingir

Empunhe a espada da verdade
Pro lado de fora sua sanidade

Venha, pegue seu ingresso
Entre nesse universo

Que agora é hora
Aqui, ninguém mais chora!

RosaLéia



Repousa sobre a cama, 

Ela assim tão pequena

Um sorriso no rosto aparece

E as mãos postas como numa prece


Desejo que seu sorriso

Seja porque sonhas comigo

Que suas mãos pequenas

Peçam carícias amenas


Vejo seus olhos marejados

Como o orvalho do céu derramado

Que não seja por mim o teu pranto

Não viveria com tamanho desencanto


Vejo teus cabelos vermelhos

Como o carmim

Vejo-o espalhado sobre o lençol

Intensa cor que me serve de farol


Vejo-te sonhando

Vejo-te chorando

Extensão da alma minha

Que de tão grande foi dividida.


Dorme pequena,

Despe teus cansaços

Repousa teus sonhos num abraço


Alma minha,

Metade minha

Irmã de sonhos

Devaneios risonhos

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Palavra do Dia!

...


Palavras ocultas


Sentimentos escondidos


Por detrás das reticências


Desses versos que lhe escrevo


...


Tantos sorrisos para sorrir


Tantos abraços a se abrir


Canções nunca escritas


Mas cantadas com vida


...


Gritos silenciosos


Falhas vozes sem ouvintes


Passos seguintes


...


Olhares contidos


Amigos partindo


Com preces pedindo


...


Entenda meu silêncio


Desvenda meu apelo 


Que se desdobra


Por trás da poesia e da prosa


...


Em simples reticências


...

Palavra do Dia!(De ontem XD)

Amanhã

Amanhã, somente amanhã não sorria para mim
Quebra todo o encanto que eu construi aqui.
Deixa que meus sonhos se desfaçam
Deixa eu enfrentar todos os monstros que me ameaçam

Amanhã, somente amanhã não me mostre compaixão
Que eu sei que perderia a razão

Amanhã, somente amanhã deixa eu mostrar que sou fraca
E por favor, não me abraça

Amanhã somente amanhã deixa minha voz ficar rouca
Não me importo em ser chamada de louca

Amanhã, somente amanhã deixa que eu me engane
Que me afaste numa fuga insane

Amanhã somente amanhã deixa eu ser o que nunca fui
Pensar que o tempo me reduz

E depois, me devolve um sorriso
Me abraça, um abrigo
Me consome uma paixão
Devolve minha força
E sanidade
Volta pra perto
Deixa eu pensar num futuro incerto

Deixa que eu me agigante
Embora dividida

Amanhã somente amanhã