“A poesia não se entrega a quem a define.


Mário Quintana


segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Pierrot vs Arlequim!



Pierrot vs Arlequim

Nesses dois moram meu coração
Tão opostos tão diferentes
Sentimentos tão inerentes

Em Arlequim mora minha carne, cheiro de vida nos ares
Dono dos meus desejos, menino cheio de gracejos

Em Pierrot mora minha alma,Toda a minha calma
Aquele que me convida a uma suave dança, com olhos serenos de uma criança


Arlequim, beija meus lábios assim
Pierrot sempre sorri pra mim

Arlequim me leva aos infernos numa dança escandalosa
Pierrot, com suavidade, me leva ao céus, de forma tão honrosa

Arlequim é nada mais que um menino, vadio, cretino
Que quer meus passos domar

Pierrot é moço, um sorriso meio roto
Que minha alma, só ele consegue alcançar

Arlequim e Pierrot numa constante briga pela minha conquista
Mal sabem eles que já tenho os dois em vista

Arlequim consome minha carne,com beijos vorazes e abraços apertados
Pierrot tem todos os meus sonhos, dos mais risonhos aos mais encantados


E eu Colombina, menina tão indecisa
Que não sabe se vai com aquele, ou com este fica,


Que quando me bate a alegria, é por Arlequim que quero ser seguida
E se minha alma clama por amor, é que então chamo Pierrot


Mas se o meu Carnaval acabar, e a quarta feira de cinzas chegar


Por Arlequim vou me deixar levar, e a ele vou acompanhar
E a Pierrot, junto com minha alma, deixo-os a chorar.


A Arlequim sempre irei desejar,
Mas somente a Pierrot irei amar!

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