“A poesia não se entrega a quem a define.


Mário Quintana


terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Devaneios


À beira da estrada pra lugar nenhum...
-Porque você me olha assim?
-Assim como?
-Como se você me conhecesse...
-Mas eu te conheço seu besta, nos conhecemos há uns 5..ou 7 anos?
-Não me importa, mas você me dá medo quando me olha assim...
-Ai, assim como, eu sempre te olho assim...
-Pois é, tenho medo sempre do teu olhar...
-Que bom saber disso depois de tanto tempo, eu paro de te olhar então...
-Não!
-Seu estranho, tem medo do meu olhar e não quer que eu pare de te olhar?
-Tenho medo de você parar de me olhar assim algum dia... De algum dia você parar de me olhar como se eu fosse a coisa mais interessante do mundo, como se eu fosse um extraterreste e você uma cientista maluca, como se você fosse uma criança e eu fosse o seu brinquedo favorito, como se eu fosse partir a qualquer minuto e você quisesse decorar cada traço meu, como se eu fosse o primeiro floco de neve que você estivesse vendo na vida, ou o último pôr-do-sol.... Tenho medo de você parar de me olhar...
-Te amo seu besta...
-Te amo sua maluca

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