“A poesia não se entrega a quem a define.


Mário Quintana


terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Devaneios


Novos contos de fadas...

Não quero ficar presa numa torre, que raios de história é essa?
Não quero ficar deitada esperando um cara que eu nunca vi na minha vida vir me salvar quando eu acordar. Eu vou estar de pijama, com bafo e descabelada, sério que ele vai gostar de mim assim e ainda vai ser bonito? A história tá certa? É assim que tem que ser mesmo ?
Não quero ninguém subindo pelos meus cabelos, sabe o quanto demora pra alisar?
Quero eu mesma matar os meus dragões, ou me transformar em um, quando eu estiver de tpm.
Que o rei seja um garoto franzino que desenganado de tudo e de todos tire uma espada de uma pedra, como conta aquela história que eu ouvi uma vez. Que o herdeiro do trono seja herdeiro por causa dos sonhos, da índole e porque é sábio como ninguém e meio bronco talvez... Mas justo como ele não se viu aqui nem além...
Não quero um mauricinho perfeito que só ande de cavalo branco e cante as canções perfeitas que nunca ensaiamos antes; Ele pode vir de Corolla preto ou prata e cantar Rock’n Roll por favor?

Ele pode ser um Ogro que saia de todos os padrões da sociedade e que se encaixe somente nos padrões dos meus sentimentos? Gordinho, careca, de óculos, a mão maior que a minha, boné virado pra trás se assim ele preferir, mas que eu caiba nos seus braços e ele me olhe como se eu fosse uma pessoa bonita? Não princesa, princesas quebram, assustam, não envelhecem... Que ele me olhe como alguém que vai ter cabelos brancos, algumas muitas rugas nos cantos dos olhos, mas que ainda vai ter no coração o encantamento da juventude e de um sentimento bonito?

E como toda história tem que ter um título, deixa pra escolher quando o chegar o final feliz? Ele nunca diz muito da história, então pra ficar tudo igual, essência e função, cada um no seu qual, deixa pra escrever o título quando a pena pingar indicando o ponto final.

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