“A poesia não se entrega a quem a define.


Mário Quintana


sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Palavra do Dia!

Medo


Tenho medo, tanto medo


Medo de perder minha poesia para mim mesma,


Medo de perder meus versos nos olhos teus


Medo de perder minhas rimas no sorriso seu


Tenho medo de ser abandonada por minhas letras


Tão sofridas, tão amigas e companheiras


Tenho medo, tanto medo


Medo de perder minha pena 


Nela minha alma, mesmo que pequena


Se revela, numa medíocre resenha


Tenho medo, tanto medo


Medo de perder a agilidade dos dedos


Que seguem meus tolos pensamentos


Tenho medo, tanto medo


Medo de engolir minha poesia


Ser sufocada por minhas próprias palavras


Tenho medo, tanto medo,


Da miúdez que minha poesia emana


De tantas palavras que em meu coração inflamam


De depois de tudo escrito,


Seja em itálico ou negrito


Quando a minha poesia for por mim abandonada


Eu simplesmente não significar nada

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