“A poesia não se entrega a quem a define.


Mário Quintana


domingo, 24 de abril de 2011

Devaneios...


Chão

Pobre do palhaço
Que vê sua doce bailarina
ir embora

Pra sempre? pra sempre?

Bendito o palhaço
que tem as mãos atadas pela solidão
E ganha asas pela poesia

Fica livre? fica livre?

Foi ontem que os sonhos começaram
O infinito é o fim das ideias
o gole é o que arde

dói o coração? cala a linda canção?

As mãos cavam a terra dura do coração amado
Procura-se água, tesouro escondido
A água é lagrima, sangue da alma

machuca os dedos? livra do medo?

E o pobre palhaço deita na sarjeta
sem cama pro cansaço do coração
Sonha com o seu final feliz

Fica sem chão

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